O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (25), sem
alterações, o projeto de lei de conversão referente à Medida Provisória do
Código Florestal. O texto original enviado pelo Poder Executivo recebeu quase
700 emendas na comissão especial mista que analisou a matéria. Um acordo entre
congressistas ruralistas e ambientalistas cessou a polêmica e resultou no texto
aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. As principais alterações
inseridas no projeto pela comissão especial são referentes às áreas de
preservação permanentes (APPs) em margens de rios e de nascentes. A Medida
Provisória do Código Florestal foi editada pela presidenta Dilma Rousseff para
suprir as lacunas deixadas pelos vetos feitos por ela à lei que reformou o
código. Durante as negociações sobre a MP na comissão especial, o governo chegou
a divulgar nota na qual declarou não ter participado do acordo que resultou no
texto aprovado nesta terça-feira e que, portanto, não tinha qualquer compromisso
com ele. A declaração gerou tensão entre os parlamentares ruralistas, que
ficaram com receio de que a presidenta faça novos vetos ao projeto aprovado pelo
Congresso. Apesar disso, o senador Jorge Viana (PT-AC), que atua como porta-voz
informal do governo nas questões ambientais, disse acreditar que a presidenta
não deverá tomar esta medida novamente. Na opinião dele, a proposta aprovada é
“a melhor para o meio ambiente” e esse deve ser o argumento usado para tentar
convencer a presidenta a não promover novos vetos na matéria. “O entendimento
que foi construído aqui leva em conta a realidade das bacias hidrográficas. O
texto que sai daqui resolve o passivo ambiental brasileiro”, declarou o senador
que atuou como relator do projeto do código anteriormente e foi um dos
negociadores do atual projeto. O projeto de lei de conversão segue agora para
sanção presidencial, uma vez que não sofreu alterações e não precisará retornar
para nova análise da Câmara dos Deputados. FONTE BAHIA NOTÍCIAS, VEJA BAIXA GRANDE. POR: MARCELO BARBOSA JP.
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