Rocinha com UPP terá 100 câmeras para monitorar a comunidade
Equipamento será instalado em pontos estratégicos da favela.
Unidade foi
inaugurada oficialmente por volta de 10h desta quinta (20).
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Policiais monitoram do alto região da Favela da
Rocinha, na inauguração da UPP (Foto: Tasso Marcelo/AE)
Com a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha,
oficialmente inaugurada por volta de 10h30 desta quinta-feira (20), cerca de 100
câmeras vão ajudar a monitorar a comunidade em São Conrado, na Zona Sul do Rio de
Janeiro. Segundo o comandante da UPP, o major Edson Santos, a tecnologia e o
patrulhamento com motocicletas serão diferenciais no policiamento da área."Dividimos a Rocinha em vários setores para facilitar o patrulhamento, pois vamos atuar em uma comunidade com grandes dimensões", frisou Santos, ressaltando que terá quatro oficiais para ajudá-lo. Santos já comandou equipes quando era integrante do Bope e quando fazia parte do policiamento na Barreira Fiscal do Estado.
Do contêinter, os PMs conseguem monitorar pontos
estratégicos da comunidade (Foto: Janaína Carvalho / G1)
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Com 12 anos na Polícia Militar, o comandante da UPP da Rocinha considera a
proximidade com a população um dos maiores desafios a serem vencidos na
pacificação da maior favela do país. "Nosso principal objetivo é permitir que o
morador da Rocinha tenha a certeza que ele agora é o dono da comunidade",
afirmou Santos, destacando que o trabalho de proximidade já tem sido realizado e
que a população tem colaborado muito com o trabalho da polícia. "A população nos
apoia. A prova disso é que foi através da colaboração deles que chegamos à
autoria de crimes ocorridos aqui nesse período", disse o major.O governador também lembrou da época em que o país convivia com uma inflação galopante ao falar da nova realidade do Rio com as UPPs. "Da mesma maneira que a inflação alta acabou não faz mais parte da realidade do brasileiro, espero que, no futuro, essas crianças que estão aqui não tenham em sua memória nenhum tipo de conflito e atuação do poder paralelo", disse Cabral, fazendo uma comparação com o seu filho caçula, que não tem em sua memória a época em que havia inflação no país.
De acordo com o tenente Guarani, que vai ser responsável pela operação das câmaras, os aparelhos serão instalados em pontos estratégicos da comunidade. Além do sistema de monitoramento visual, a tecnologia aparece como diferencial em outros aspectos dentro da UPP.
No interior dos contêineres onde fica a base provisória da unidade, os policiais têm acesso a todo o bando de dados do Disque-Denúncia e sabem quais os criminosos estão sendo procurados pela polícia. Os PMs também têm acesso a um mapa com toda a geografia da comunidade e conseguem visualizar, por meio dos rádios instalados nas carros da PM com GPS, onde cada policial está, em tempo real.
Detalhe do monitor usado pela polícia para
monitorar a comunidade (Foto: Janaína Carvalho / G1)
A UPP da Rocinha é a maior da cidade. Setecentos policiais vão patrulhar
cerca de 840 mil metros quadrados de área, dividida em 25 localidades menores. A
sede será construída no Parque Ecológico, no alto da comunidade. Oito bases
avançadas vão ficar em pontos estratégicos. Por enquanto, comando da UPP vai
funcionar em quatros contâineres perto da entrada do parque.Desde a ocupação pelas forças de segurança, em novembro de 2011, treze assassinatos foram registrados na comunidade, 12 deles em 2012. Todos foram esclarecidos por investigações em até 48 horas e com a ajuda da população. Duas vítimas eram PMs.
O comandante da UPP, o major Edson Santos, tem 12
anos de polícia militar (Foto: Janaína Carvalho / G1)
Na semana passada, Rafael dos Santos, de 18 anos, entregue à polícia pelos
pais, confessou ter matado o soldado Diego Henriques. Outro suspeito, Ronaldo
Cunha, de 24, continua foragido.Atualmente, um milhão de pessoas vive em comunidades no Rio e 40% delas passarão a ser atendidas por UPPs com mais esta unidade na Rocinha.FONTE G1, VEJA BAIXA GRANDE, POR: MARCELO BARBOSA JP.
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