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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

FAVELA DA ROCINHA GANHA UPP


Rocinha com UPP terá 100 câmeras para monitorar a comunidade

Equipamento será instalado em pontos estratégicos da favela.
Unidade foi inaugurada oficialmente por volta de 10h desta quinta (20).

Janaína Carvalho Do G1 Rio
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Policiais monitoram do alto região da Favela da Rocinha, na inauguração da maior Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) das 28 unidades instaladas no Rio de Janeiro. Serão 700 policiais para patrulhar 25 subcomunidades, onde moram 69 mil pessoas. (Foto: Tasso Marcelo/AE)Policiais monitoram do alto região da Favela da Rocinha, na inauguração da UPP (Foto: Tasso Marcelo/AE)
Com a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, oficialmente inaugurada por volta de 10h30 desta quinta-feira (20), cerca de 100 câmeras vão ajudar a monitorar a comunidade em São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo o comandante da UPP, o major Edson Santos, a tecnologia e o patrulhamento com motocicletas serão diferenciais no policiamento da área.
"Dividimos a Rocinha em vários setores para facilitar o patrulhamento, pois vamos atuar em uma comunidade com grandes dimensões", frisou Santos, ressaltando que terá quatro oficiais para ajudá-lo. Santos já comandou equipes quando era integrante do Bope e quando fazia parte do policiamento na Barreira Fiscal do Estado.
Do contêinter, os PMs conseguem monitora pontos estratégicos da comunidade (Foto: Janaína Carvalho / G1)Do contêinter, os PMs conseguem monitorar pontos estratégicos da comunidade (Foto: Janaína Carvalho / G1)
Com 12 anos na Polícia Militar, o comandante da UPP da Rocinha considera a proximidade com a população um dos maiores desafios a serem vencidos na pacificação da maior favela do país. "Nosso principal objetivo é permitir que o morador da Rocinha tenha a certeza que ele agora é o dono da comunidade", afirmou Santos, destacando que o trabalho de proximidade já tem sido realizado e que a população tem colaborado muito com o trabalho da polícia. "A população nos apoia. A prova disso é que foi através da colaboração deles que chegamos à autoria de crimes ocorridos aqui nesse período", disse o major.
Na cerimônia de inauguração da UPP, o governador Sergio Cabral também falou sobre essa mudança. "Não temos nenhum tipo de ilusão, essa é uma comunidade onde a marginalidade vai continuar tentando entrar, mas antigamente a polícia que era a invasora. Nesse episódio recente, onde perdemos um policial, foi o contrário, o bandido é que era o invasor", afirmou Cabral. "A gente não tem a ilusão que um processo que começou em novembro de 2008 que hoje não haveria mais a marginalidade. É um processo, um processo permanente".
O governador também lembrou da época em que o país convivia com uma inflação galopante ao falar da nova realidade do Rio com as UPPs. "Da mesma maneira que a inflação alta acabou não faz mais parte da realidade do brasileiro, espero que, no futuro, essas crianças que estão aqui não tenham em sua memória nenhum tipo de conflito e atuação do poder paralelo", disse Cabral, fazendo uma comparação com o seu filho caçula, que não tem em sua memória a época em que havia inflação no país.
De acordo com o tenente Guarani, que vai ser responsável pela operação das câmaras, os aparelhos serão instalados em pontos estratégicos da comunidade. Além do sistema de monitoramento visual, a tecnologia aparece como diferencial em outros aspectos dentro da UPP.
No interior dos contêineres onde fica a base provisória da unidade, os policiais têm acesso a todo o bando de dados do Disque-Denúncia e sabem quais os criminosos estão sendo procurados pela polícia. Os PMs também têm acesso a um mapa com toda a geografia da comunidade e conseguem visualizar, por meio dos rádios instalados nas carros da PM com GPS, onde cada policial está, em tempo real.
Detalhe do monitor usado pela polícia para monitorar a Rocinha (Foto: Janaína Carvalho / G1)Detalhe do monitor usado pela polícia para monitorar a comunidade (Foto: Janaína Carvalho / G1)
A UPP da Rocinha é a maior da cidade. Setecentos policiais vão patrulhar cerca de 840 mil metros quadrados de área, dividida em 25 localidades menores. A sede será construída no Parque Ecológico, no alto da comunidade. Oito bases avançadas vão ficar em pontos estratégicos. Por enquanto, comando da UPP vai funcionar em quatros contâineres perto da entrada do parque.
Desde a ocupação pelas forças de segurança, em novembro de 2011, treze assassinatos foram registrados na comunidade, 12 deles em 2012. Todos foram esclarecidos por investigações em até 48 horas e com a ajuda da população. Duas vítimas eram PMs.
O comandante da UPP, o major Edson Santos,  tem 12 anos de polícia militar (Foto: Janaína Carvalho / G1)O comandante da UPP, o major Edson Santos, tem 12 anos de polícia militar (Foto: Janaína Carvalho / G1)
Na semana passada, Rafael dos Santos, de 18 anos, entregue à polícia pelos pais, confessou ter matado o soldado Diego Henriques. Outro suspeito, Ronaldo Cunha, de 24, continua foragido.
Atualmente, um milhão de pessoas vive em comunidades no Rio e 40% delas passarão a ser atendidas por UPPs com mais esta unidade na Rocinha.FONTE G1, VEJA BAIXA GRANDE, POR: MARCELO BARBOSA JP.

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