20/09/2012 11h11 - Atualizado em 20/09/2012 12h53
Quase 80% dos novos membros da classe média são negros, diz governo
Pesquisa da SAE, da Presidência da República, levantou números.
35
milhões de brasileiros ascenderam à classe média nos últimos dez
anos.
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Quase 80% dos novos integrantes da classe média são negros, segundo pesquisa
da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. Os
dados foram divulgados nesta quinta-feira (20), durante cerimônia no Palácio do
Planalto, em Brasília.
Estudo da SAE mostra que, nos últimos dez anos, 35 milhões de brasileiros ascenderam à classe média – que já soma mais de 100 milhões de pessoas no Brasil, mais da metade da população brasileira. A expectativa da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República é que a classe média continue crescendo nos próximos anos, chegando a 57% de toda a população brasileira em 2022. Atualmente, ela representa 53% da população do país.
Segundo os critérios da secretaria, quem vive com mais de R$ 1.019 por mês pertence à classe alta. A comissão responsável pelos parâmetros reconhece que o valor é baixo, mas afirma que a renda familiar por pessoa de mais da metade da população é inferior a R$ 440 por mês. São consideradas pobres famílias com renda per capita inferior a R$ 291 por mês.
"O crescimento da classe média brasileira foi resultado de um crescimento com redução da desigualdade. Se tivéssemos tido o mesmo crescimento, sem redução das desigualdades, a classe média teria crescido apenas 5 pontos percentuais. Deste modo, dois terços [66%] do avanço da classe média [nos últimos dez anos] se deve à redução das desigualdades", informou o secretário de Assuntos Estratégicos do órgão, Ricardo Paes de Barros.
O secretário disse que também subiu, nos últimos anos, a chamada "classe alta", mas não na mesma intensidade da classe média. "A gente tirou mais pessoas da classe baixa [para a classe média] do que aumentou a classe alta. A classe média continua ascendendo. Parte dela foi promovida à classe alta, e esse processo vai continuar ao longo da próxima década".
Segundo a Secretaria de Assuntos Estratégicos, a classe média trabalha, em média, 41 horas semanais, pouco menos do que a classe alta (42 horas por semana), ambas acima da média nacional de 40 horas por semana. O governo concluiu que a taxa de ocupação da classe média e o grau de formalização são importantes, mas acrescentou que a educação é um "fator decisivo" para explicar a diferença entre a renda das classes média e alta.
Estudo da SAE mostra que, nos últimos dez anos, 35 milhões de brasileiros ascenderam à classe média – que já soma mais de 100 milhões de pessoas no Brasil, mais da metade da população brasileira. A expectativa da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República é que a classe média continue crescendo nos próximos anos, chegando a 57% de toda a população brasileira em 2022. Atualmente, ela representa 53% da população do país.
saiba mais
A Secretaria de Assuntos Estratégicos considera classe média famílias "com
baixa probabilidade de passarem a ser pobres no futuro próximo", com renda per
capita entre R$ 291 e R$ 1.019 por mês.- Nos últimos 10 anos, 35 milhões de pessoas entraram na classe média
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Segundo os critérios da secretaria, quem vive com mais de R$ 1.019 por mês pertence à classe alta. A comissão responsável pelos parâmetros reconhece que o valor é baixo, mas afirma que a renda familiar por pessoa de mais da metade da população é inferior a R$ 440 por mês. São consideradas pobres famílias com renda per capita inferior a R$ 291 por mês.
"O crescimento da classe média brasileira foi resultado de um crescimento com redução da desigualdade. Se tivéssemos tido o mesmo crescimento, sem redução das desigualdades, a classe média teria crescido apenas 5 pontos percentuais. Deste modo, dois terços [66%] do avanço da classe média [nos últimos dez anos] se deve à redução das desigualdades", informou o secretário de Assuntos Estratégicos do órgão, Ricardo Paes de Barros.
O secretário disse que também subiu, nos últimos anos, a chamada "classe alta", mas não na mesma intensidade da classe média. "A gente tirou mais pessoas da classe baixa [para a classe média] do que aumentou a classe alta. A classe média continua ascendendo. Parte dela foi promovida à classe alta, e esse processo vai continuar ao longo da próxima década".
A renda per capita da classe alta
brasileira é mais de quatro vezes superior à renda da classe média
De acordo com o levantamento da SAE, da Presidência da República, a renda per
capita da classe alta brasileira é mais de quatro vezes superior à renda da
classe média. "Como principal hiato em relação à classe baixa, neste caso, é o
diferencial de produtividade, que justifica uma parcela ainda maior: 72%. Em
segundo lugar, surge a maior renda não derivada do trabalho da classe alta, que
explica 22% da maior renda per capita da classe alta", informou o governo.Segundo a Secretaria de Assuntos Estratégicos, a classe média trabalha, em média, 41 horas semanais, pouco menos do que a classe alta (42 horas por semana), ambas acima da média nacional de 40 horas por semana. O governo concluiu que a taxa de ocupação da classe média e o grau de formalização são importantes, mas acrescentou que a educação é um "fator decisivo" para explicar a diferença entre a renda das classes média e alta.
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