Quantidade de metacril usada por vendedora para aumentar bumbum é 300 vezes maior que o recomendado

Millyana continua internada no Hospital estadual Alberto Torres.

A quantidade de metacrilato aplicado na vendedora Millyana de Souza Silva, que continua internada no Hospital estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, é cerca de 300 vezes maior do que a recomendada por especialistas. A jovem de 20 anos pagou R$ 4.500 para uma suposta esteticista aplicar 600ml da substância em cada lado do bumbum. O objetivo dela era aumentar o tamanho das nádegas.
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Andrea Yuan afirma que aplica, no máximo, 2ml por região e só realiza o procedimento na face. Segundo ela, há opções mais seguras para usar em tratamentos estéticos, como o implante de silicone, por exemplo.
— O metacrilato é um procedimento cirúrgico simples, rápido e barato, porque não precisa de anestesia. Ele pode ser feito dentro de consultório e não deve ser injetado em grandes quantidades. A substância é muito usada hoje em portadores do vírus HIV, que perdem gordura por conta da doença e de seu tratamento. O que denigre a imagem do metacrilato é sua aplicação errada e por pessoas não credenciadas — observou.

O antes e depois de Millyana, internada em estado grave

Além de verificar se o médico é credenciado na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Andrea Yuan recomenda prestar atenção nas condições sanitárias do local onde será feito o procedimento e realizar um teste de alergia antes de aplicar o material definitivo para evitar a rejeição do produto.
Segundo a direção do Hospital estadual Alberto Torres, Millyana de Souza Silva está lúcida e apresenta estado de saúde grave, porém estável. Ela passou por uma cirurgia para retirar a substância do corpo e, segundo a família, deve repetir o procedimento nesta sexta-feira.
— Ela está se recuperando bem e se diz muito arrependida. Cheia de aparelhos no corpo. Está se alimentando na medida do possível, mas está bem melhor do que antes. Ela nunca pensou que isso poderia acontecer — disse a mãe de Millyana, Sandra Alves, moradora de Japeri.
FONTE: Globo.com Por: Marcelo Barbosa JP, VEJA BAIXA GRANDE