'Xenhenhém' ou 'Tudo nosso'? Infectologista explica cuidados com doenças pós-carnaval
Com o final do Carnaval, é comum que
emergências de hospitais e postos de saúde comecem a se encher de
pacientes com viroses pós-folia. Ainda sem uma definição pública de como
deve se chamar a gripe da festa, "Xenhenhém" ou "Tudo nosso, nada
deles" – músicas de sucesso do período –, parece que poucos foliões
soteropolitanos mostraram sintomas até o momento. "Os hospitais ainda
não estão cheios. Todas as doenças infectocontagiosas passam por um
período de incubação, quando é exposto à doença e desenvolve. Em algumas
pessoas pode demorar de 24h até semanas", afirmou o médico
infectologista Robson Reis, membro da Câmara Técnica da Infectologia,
órgão ligado à Secretaria de Saúde de Salvador. De acordo com o
profissional, as principais incidências no período são de viroses
respiratórias e intestinais, que podem levar de 24 horas a 72 horas para
manifestar sintomas. "O carnaval é uma época propícia principalmente
por ter muita aglomeração e movimentação grande de pessoas. As doenças
são geralmente transmitidas por via respiratória ou contato, além de
alimentos contaminados", explicou Reis. Entre as doenças respiratórias,
as mais comuns são resfriados e gripe, que apresentam sintomas mais
fortes, além de mais graves como otite, amigdalite e sinusite. Há ainda
problemas intestinais virais ou bacterianos. "Para as pessoas que
apresentem sintomas, a orientação é sempre ir à emergência. Como está
sempre lotada, o melhor é tratar com hidratação, repouso e alimentação
equilibrada. No caso de doenças intestinais, é preciso ainda evitar
alimentos gordurosos e derivados do leite. A não ser em caso de febre
muito alta e muito desconforto, quando é extremamente necessário
procurar um hospital", salientou o infectologista. É necessário ainda
tomar algumas precauções para evitar que as enfermidades sejam
transmitidas para outras pessoas, como não tossir na mão, usar lenços
descartáveis e, principalmente, lavar sempre as mãos, além do uso de
álcool gel e tentar se manter em ambientes ventilados. Reis ainda
lembrou que "quem não foi pra festa também pode contrair, por meio do
contato com outras pessoas", então há sempre a necessidade de precaução.
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