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quarta-feira, 1 de abril de 2015

SEM DIAGNÓSTICO, MORADORES RELATAM COCEIRA INTENSA

Depois de Camaçari, moradores de Buerarema relatam coceira intensa

Sintomas de manchas avermelhadas na pele e coceira foram registrados.
Sem diagnóstico de dengue ou chikungunya, médicos buscam diagnóstico.

na Depois de Camaçari, região metropolitana de Salvador, moradores de Buerarema, no sul da Bahia, também se queixam de manchas na pela e coceira intensa. A dona de casa Maria das Graças, de 54 anos, está há quatro dias sofrendo com coceiras no corpo. Ela foi ao posto saber se é dengue, por conta das manchas vermelhas na pele, mas não teve febre, um dos principais sintomas. "Estou com meu corpo coçando, mas não tive nem febre e nem dor de cabeça. Mas eu estou toda empolada", afirma. As pessoas que procuram os postos médicos da cidade com esses mesmos sintomas têm sido medicadas com soro e antialérgico, além de deixar amostra de sangue para análise. O próprio bioquímico do posto se queixou deste mesmo sintoma. "Uma coceira, empolamento. Não faço ideia. Fiz todos os exames e não deu dengue", diz Henrique da Silva.
Segundo os médicos, o conjunto de sintomas que as pessoas apresentam não é compatível com casos de dengue ou da febre chikungunya. "Os casos que nós estamos diagnosticando de febre só após quatro, cinco dias, não é o típico de dengue. Dengue geralmente vem com a febre desde o início", comenta o médico Hélio Vidal.
A Secretaria de Saúde de Buerarema disse que os exames enviados para o Laboratório Central em Salvador não indicaram nenhuma nova doença. "A gente está colhendo, de segunda a sexta, sorologia, encaminhando as notificações. Há um cuidado, há um zelo muito grande. A gente espera que venha informações e orientações mais precisas por parte da Dires [Diretoria Regional de Saúde] e da Sesab [Secretaria Estadual da Saúde]", relata Sara Spínola, coordenadora de Controle e Avaliação. A Sesab disse que está acompanhando os casos, mas ainda não tem um resultado definitivo do que pode estar causando o problema.
As suspeitas
A Vigilância Epidemiológica e a Secretaria de Saúde de Camaçari apontam duas hipóteses para explicar a doença que tem acometido os moradores: roséola e parvovírus-B19, cujos sintomas combinam com os apresentados pelas pessoas que procuraram as unidades de saúde do município.
Entre os sintoma destacam-se pintas, dores e coceira pelo corpo. De acordo com o diretor da Vigilância Epidemiológica de Camaçari, Celso Joélio, até o dia 24 de março, 39 casos da doença ainda não diagnosticada foram registrados oficialmente na cidade. Amostras de sangue coletadas de alguns pacientes foram enviadas para laboratórios do Paraná e Rio de Janeiro. "Não há na Bahia laboratórios apropriados para fazer o diagnóstico da roséola e do parvovírus-B19, por isso faremos os exames fora do estado", afirma. A Secretaria de Saúde de Camaçari diz que as pessoas que apresentarem os sintomas devem procurar a unidade de saúde mais próxima para serem orientadas.

FONTE: G 1 BAHIA

VEJA BAIXA GRANDE, MARCELO BARBOSA JP

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