Alunos de escolas municipais de Camacan, município
da região sul da Bahia, começaram o ano letivo de 2015 sem aulas por
conta da greve de professores. Há mais de 50 dias parados, os docentes
pedem reajuste salarial de 13,01%.
"A greve começou no dia 9 de março e a prefeitura
não ofereceu reajuste algum, após 10 dias eles apresentaram a
contraproposta de 6,41% e dessa não sairam"
O reajuste é de acordo com o piso nacional e,
segundo o presidente da APLB - Sindicato dos Trabalhadores da Educação
do município, Agnevan Nascimento, cerca de seis mil alunos das 29
escolas da cidade estão sem aula desde a segunda semana de março.
Nesta
quarta-feira (29), os professores interditaram a BA-270, via que dá
acesso à cidade. Depois, saíram em caminhada pelas ruas do centro de
Camacan.
A prefeita do município alega
dificuldades para fazer o reajuste que deveria ter sido feito desde
janeiro, no valor de R$ 1.916. A prefeitura acionou a justiça para
avaliar se a greve é legal ou não e não informou se haverá cortes
salariais caso a greve continue.
Sobre como ficará a situação dos alunos,
Agnevan Nascimento diz que eles também se preocupam com as crianças. "Os
dias de aulas dos alunos precisam ser respeitados. Vamos negociar com o
Conselho Municipal de Educação e com o Serviço de Coordenação
Pedagógica (SECOP) para ver como irá normalizar e regularizar os dias do
ano letivo que são de direito desses jovens".
Ainda
de acordo com Agnevan, uma nova assembleia acontecerá nesta
quinta-feira (30) para ver se a maioria aceita entrar com mandato de
segurança. "Também iremos fazer uma grande manifestação contra a
terceirização", acrescenta.
Outras grevesTambém
no sul da Bahia, no município de Itapebi, os professores estão em greve
desde o dia 13 de abril e também pedem reajuste de 13,01%. Antes da
paralisação, que começou em março, os docentes estavam dando 20
hora-aula ao invés de 25, como forma de protesto.
FONTE: CORREIO
VEJA BAIXA GRANDE, MARCELO BARBOSA JP
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