Quadrilha chegava a lucrar até R$ 4.000 por dia enganando aposentados e pensionistas
A Operação APUB, que descobriu um golpe de R$ 5 milhões aplicado em professores
aposentados e pensionistas, terminou com 19 pessoas presas nesta
sexta-feira (24) em Belo Horizonte e em Juiz de Fora, na Zona da Mata
mineira. Dois adolescentes foram apreendidos, juntamente com duas armas,
uma Hilux, joias, dinheiro e diversos outros objetos, nas duas cidades.
O nome APUB faz menção à Associação dos Professores Universitários do
Brasil, cuja entidade em Minas Gerais é denominada APUBH, à qual a
maioria das vítimas é associada. Os levantamentos que possibilitaram as
prisões tiveram início com a identificação, por parte de policiais civis
da 1ª Delegacia Regional Leste/BH, de uma quadrilha de estelionatários
que vinha agindo há dois anos no Estado, com registros também Os golpistas se passavam por advogados de ações judiciais impetradas
pelas vítimas, informando-as falsamente o êxito no pedido. Eles alegavam
que era necessário, no entanto, depositar valores para viabilizar o
saque da quantia depositada em juízo.
Em Juiz de Fora, os policiais civis prenderam 17 adultos, incluindo os
dois líderes do grupo, os irmãos Sebastião da Costa, de 46 anos, e
Carlos Roberto da Costa, de 38. Na mesma cidade, foi apreendido ainda um
adolescente de 17 anos, que agia como laranja da quadrilha, tendo
inclusive aberto uma conta bancária para fazer os depósitos dos valores
levantados com o golpe. Um segundo adolescente, também de 17 anos, que
não tinha ligação com a quadrilha, foi apreendido por porte de arma de
fogo.
Já Alex Lemos de Oliveira, de 33 anos, estava em Lavras, onde os
policiais cumpriram mandado de prisão. Ele será encaminhado para o
Presídio da cidade. Em Belo Horizonte, Gilberto Francisco da Silva, de
51 anos, foi preso no bairro Pindorama. Ele será encaminhado para o
Presídio de São Joaquim de Bicas, para onde seguirão também os dois
líderes, Sebastião e Carlos Roberto.
Os sete homens presos em Juiz de Fora seguirão para o Centro de
Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) da cidade, sendo as oito
mulheres encaminhadas para a Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires.Lucros altos
De acordo com a delegada Gislaine Rios, os levantamentos apontam que a
quadrilha conseguia lucrar entre R$ 2.000 e R$ 4.000, diariamente, com o
golpe. Somente no período de oito meses em que as investigações
transcorreram, o valor total chegou a R$ 1 milhão, considerando-se
apenas os casos em que as vítimas registraram ocorrências policiais. A
estimativa é de que o golpe tenha atingido a marca de R$ 5 milhões.
A operação policial em Juiz de Fora contou com a participação de
aproximadamente 100 policiais civis, sendo 80 deles da equipe local.
Eles ficaram encarregados do cumprimento de 22 mandados de busca e
apreensão e 25 mandados de prisão em diversas regiões da cidade. Em Belo
Horizonte, uma equipe de 10 policiais atuou no cumprimento de um
mandado de prisão e três de busca e apreensão.
FONTE: Notícias R7
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