Corcunda dá sorte para Zé Roberto, exatamente como em Barcelona-92
Técnico da seleção de vôlei teve de arquitetar plano para poder tocar nas costas do voluntário inglês e fazer um pedido, exatamente como há 20 anos
10 comentários
Até colocar os pés pela primeira vez na Vila Olímpica foi preciso paciência.
Um probleminha na credencial ia fazer José Roberto Guimarães perder uns bons
minutos ali na porta. Enquanto aguardava pela solução e antes mesmo de reclamar,
o técnico resolveu olhar para o lado. Não acreditou no que viu. Aquele homem
corcunda, que trabalhava vestido como um voluntário, era um sinal de muita, mas
muita sorte. Há 20 anos, o que apareceu na sua frente usava uniforme de garçom e
não sabia que o tapinha nas costas que recebeu na saída do restaurante tinha um
significado muito maior do que parecia. Zé Roberto havia feito naquele momento
um pedido, que saiu melhor do que a encomenda com o ouro nos Jogos de Barcelona.
Em Londres, foi preciso uma estratégia melhor.
Supersticioso convicto, Zé Roberto fez das manias dele as de toda a família. Em dia de jogo ninguém usa preto. Carregar imagens de santo e terços, pode e deve. Fazer promessas também. Na tentativa de encurtar o caminho até o bicampeonato, Alcione, a esposa, fez várias delas. E o marido terá que pagar todas, direitinho.
- Eu tenho que agradecer a ela porque ficou três horas e meia na igreja antes da final. Ela faz promessa para eu pagar, mas também fica sem comer chocolate que é uma coisa que adora. Eu vou fazer uma parte do caminho de Santiago de Compostela (fez após o título de 2008) e pedir a liberação do pessoal do Campinas para isso. Eu aqui rezei muito como nunca tinha feito na minha vida. Tenho que pagar muita promessa.
Final feliz para José Roberto Guimarães:
superstição funcionou mais uma vez em Londres (Foto: Reuters)
- Quando você vê um corcunda tem que colocar a mão nas costas dele e fazer um
desejo. Fiquei pensando no que ia fazer para conseguir isso. Fiquei arquitetando
um plano, afinal não custava porque tinha dado certo na primeira vez. Pedi
ajuda, consegui um pin do Brasil e fui atrás dele. Fiquei alucinado porque ele
tinha ido embora. Mas aí ele voltou, fui lá e disse. "Tem um pin aqui para
você". E bati nas costas dele - ri.Supersticioso convicto, Zé Roberto fez das manias dele as de toda a família. Em dia de jogo ninguém usa preto. Carregar imagens de santo e terços, pode e deve. Fazer promessas também. Na tentativa de encurtar o caminho até o bicampeonato, Alcione, a esposa, fez várias delas. E o marido terá que pagar todas, direitinho.
- Eu tenho que agradecer a ela porque ficou três horas e meia na igreja antes da final. Ela faz promessa para eu pagar, mas também fica sem comer chocolate que é uma coisa que adora. Eu vou fazer uma parte do caminho de Santiago de Compostela (fez após o título de 2008) e pedir a liberação do pessoal do Campinas para isso. Eu aqui rezei muito como nunca tinha feito na minha vida. Tenho que pagar muita promessa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário