Tudo isso que está posto no comentário acima, a partir desta
nota passa a ter um vínculo forte com uma das paixões deste país: o
futebol. Já se sabia, há longo tempo, que esta paixão nacional estava
absolutamente corrompida a partir da CBF e das federações estaduais, com
exceções. Quem deveria explodir a bolha da corrupção da bola deveria
ter sido – e de há muito – o Congresso Nacional, pelo menos no que se
refere ao futebol destas bandas. Mas, por ironia, quem detonou a bolha
foram os Estados Unidos, que não tem neste esporte o amor do seu povo,
juntamente com a Suíça. Ocorre então que a corrupção que veio da Fifa
encontrou o imediato aplauso da mídia internacional, como poucas vezes
visto. Foi a partir daí que, nos últimos dias, os brasileiros abriram
rapidamente os olhos, enxergaram o que não queriam ver, e encontraram,
na tampa e de saída, para desmoralizar mais um pouquinho este país dito
do futebol, o ex-presidente da CBF, José Maria Marin. Rápido, sem dar
trelas à chamada “bancada da bola”, que impediu diversas CPIs no
Congresso, sem que os parlamentares tivessem coragem de dizer um sonoro
“não” aos representantes da cartolagem. O senador Romário (PSB-RJ), que
como parlamentar passou a ser defensor do futebol, aproveitou o momento,
atropelou a tal “bancada” e, a partir do Senado, abriu espaço para uma
CPI da CBF que, espera-se, possa usar a Polícia Federal, o Ministério
Público, a Procuradoria Geral da República, a Justiça, e,quem sabe, um
outro juiz Sérgio Moro. E deste modo transformar a paixão dos
brasileiros, não numa Operação Lava Jato, mas a Operação Lava Bola Suja.
Romário, que deu um campeonato mundial ao Brasil com gols limpos, quer
agora limpar a bola, sua companheira eterna. Esperam-se as
consequências.
FONTE: Bahia Notícias
VEJA BAIXA GRANDE, MARCELO BARBOSA JP
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